terça-feira, 17 de abril de 2012

Pernambucano Sérgio Ferraz vem ao Rio lançar seu primeiro trabalho solo, em apresentação única, dia 18, na Arlequim

Referência no movimento armorial e popular nordestino, violinista demonstra versatilidade em “Dançando aos pés de Shiva”, flertando com a cultura indiana e a música minimalista


Não é de hoje que o pernambucano Sérgio Ferraz vem se destacando na execução do violino na música popular, em especial a nordestina e o movimento armorial: o violinista é integrante do conceituado Quarteto Romançal, desde os anos 90, ao lado de Antonio Madureira, compositor e fundador do lendário Quinteto Armorial na década de 70 – com Madureira, gravou em 2010 o “Segundo Romançário”, um duo de violino e violão. Destaque no Brasil na arte do violino elétrico e na sua inclusão no jazz e na música de vanguarda – o músico bebe na fonte do violino de Frances Jean Luc Ponty do inicio dos anos 70 – o violonista vem ao Rio para promover, na próxima quarta, dia 18, às 18h, na Arlequim (Paço Imperial) seu primeiro trabalho solo “Dançando aos pés de Shiva” - um mergulho nos ritmos e melodias indianas -, mas trazendo na manga o também recente álbum homônimo do seu grupo instrumental Sonoris Fábrica (2011).

Na Arlequim, o músico prepara uma exibição em que seu violino elétrico dialogue com um pedal de efeito e uma loop station, além de contar com o acompanhamento do percussionista Jerimun de Olinda (pandeiro, cajon e tambor falante / talking drum), reunindo na maior parte do repertório músicas do trabalho e outras do Sonoris Fábrica .



 
Lançado em dezembro de 2011, “Dançando aos pés de Shiva” surpreendeu com a vendagem de mil cópias em apenas um mês, partindo agora para a sua segunda tiragem. O CD, com 12 faixas autorais, foi produzido, arranjado e executado pelo próprio Sérgio que além do violino elétrico toca piano e teclados. O trabalho contou ainda com a participação do próprio Jerimum de Olinda em seis faixas. Trata-se de um trabalho instrumental onde o violino elétrico é o instrumento solista explorando diversos timbres e dialogando com a percussão. A influência da música indiana se faz presente logo na faixa título do CD, assim também nas músicas “O Grande Vishnu”, tocada apenas com um violino, e na faixa que abre o CD “A Ultima Batalha na Terra”, com violino e percussão. À influência indiana, somam-se também elementos da música minimalista e da música atonal, como em “As Três Transformações do Espírito”. Boa parte das faixas de “Dançando aos pés de Shiva” foram gravadas no estúdio “A Caverna dos Violinos”, do próprio Sérgio Ferraz, sendo que outras e a percussão ganharam registro no Estúdio Muzak, onde foi mixado e masterizado.

Com o grupo “Sonoris Fábrica”, Sérgio deixa transparente sua bagagem no movimento armorial e na cultura nordestina. Criado em 2002 com o encontro de Sérgio com o violonista Leonardo Melo, ambos músicos de formação erudita, jazz e popular, o grupo não escondeu a inspiração na música brasileira de origem popular, como o baião, o frevo e o maracatu, mas também indo além das fronteiras nacionais buscando influências na música ibérica e no jazz. Até a gravação do primeiro disco, no ano passado, o grupo fez dezenas de apresentações, principalmente no nordeste brasileiro. Após o lançamento, sucederam-se shows, como o lançamento no Teatro de Santa Isabel, em Recife e a Mostra Internacional da Música em Olinda (MIMO), em 2011, sendo o único grupo pernambucano a participar do evento. Ainda em Pernambuco, fez apresentações na Praça do Arsenal, em Recife, na Livraria Cultura, Festival Observa e Toca e no Festival de Inverno de Garanhuns. Em São Paulo, apresentações na Livraria Cultura e no Teatro Anchieta, gravando ao vivo para o Programa Instrumental Brasil no SESC Consolação. No ano passado o grupo participou da WOMEX 2011, em Copenhagen..


18/04 – Música na Arlequim – Sérgio Ferraz - quarta , 18h
Endereço: Praça XV de Novembro, 48, Loja 1 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone.: (21) 2524-7242 (reserva)
Entrada gratuita

Fábio Cezanne
Cezanne Assessoria

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Tomás Improta comanda o “Bossanovíssima!” nesta segunda, 16, na Arlequim

Pianista apresenta a série de shows quinzenais resgatando clássicos da bossa nova

Nesta segunda, 16, às 18h, o compositor e pianista Tomás Improta fará o segundo show do projeto “Bossanovíssima!”, novo projeto quinzenal da Arlequim, livraria no Paço Imperial, sempre às segundas. O Tomás Improta Quarteto é formado ainda por José Arimatéia (trumpete), Alfredo Gomes (bateria) e Jefferson Lescowich (baixo). No repertório, clássicos que marcaram o gênero, especialmente composições de Marcos Valle, Tom Jobim, Baden Powell e Vinicius de Moraes, dentre outros.



O carioca Tomás Improta começou cedo na carreira musical, desde os cinco anos, quando venceu o concurso de iniciação musical, administrado pelo Conservatório Brasileiro de Música, sem ter recebido lições formais de música. Ao longo dos anos, foi aluno de diversos professores, como Lidy Mignone (iniciação musical), Alda Caminha, Lícia Lucas, Linda Bustami, Lúcia Branco, Luís Paulo Sampaio, Nise Obino, Roberto Tavares, Sonia Goulart (piano clássico), Ester Scliar (percepção), Francisco Mignone e Marlos Nobre (composição), Aluízio Milanês e Tenório Junior (piano popular e jazz), entre outros.



Apaixonado pelo jazz e bossa nova, a partir da década de 60, começa a exercitar a vocação acadêmica, tornado-se professor de piano e atuando como jornalista, produzindo e escrevendo programas sobre jazz para as rádios MEC e Roquete Pinto, e publicando artigos sobre música em revistas especializadas. Mas foi a partir da década de 70 que o pianista inicia-se como músico profissional, tocando em casas noturnas, teatros e shows. Torna-se, assim, um dos mais ativos pianistas do país, passando a ser requisitado para shows e gravações por grandes estrelas de nossa música, como Alcione, Baden Powell, Bebel Gilberto, Billy Blanco, Caetano Veloso, Carmelia Alves, Chico Buarque, Djavan, Edison Machado, Elba Ramalho, Elizeth Cardoso, Erasmo Carlos, Gal Costa, Gilberto Gil, João Bosco, João Donato, Jorge Mautner, Lenine, Lúcio Alves, Luís Melodia, Maria Bethânia, Nara Leão, Paulo Moura, Sandra de Sá, Sueli Costa e Zezé Motta entre outros.



O reconhecimento também veio do exterior, através de excelentes críticas, decorrentes das gravações exportadas e de inúmeras turnês internacionais, inclusive duas edições do Festival de Montreux. No teatro, apresentou-se nas peças “Godspell” e “Dr.Fausto da Silva”, entre outras. Para o cinema, compõe a trilha sonora premiada do “Bar Esperança” (direção de Hugo Carvana) e “Monstros de Babaloo” (direção de Elyseu Visconti) e toca nos filmes (e shows) “Doces Bárbaros” e “Bahia de Todos os Sambas”, este realizado em Roma, Itália. Na TV, participa da composição das novelas “Kananga do Japão”, “Vila Madalena” e “O Cravo e A Rosa”, e grava a trilha do “Sitio do Pica Pau Amarelo”, com Gilberto Gil.

Nos últimos anos, o músico tem se dedicado quase que exclusivamente a sua carreira solo de instrumentista, lançado títulos diversos e de grande sucesso de crítica, como “Bartók Jazz” (Leblon Records), “Certas Mulheres” (Rob Digital), “Dorival” (Selo Radio Mec). Em 2005 lança o CD “Andréa Ernst Dias e Tomás Improta” (Biscoito Fino) e, em 2008, o “Em Busca de Sedna”, com o clarinetista Paulo Moura e o flautista Paulo Martins.


16/04 – Projeto “Bossanovíssima!” – Tomás Improta Quarteto - segunda , 18h
Endereço: Praça XV de Novembro, 48, Loja 1 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone.: (21) 2524-7242 (reserva)
Ingressos: R$15,00 (couvert artístico)

Fábio Cezanne
Cezanne Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dino Rangel homenageia a música instrumental neste sábado, dia 14, na Arlequim

Guitarrista apresenta, em trio, obras de Tom Jobim, Garoto e Guinga, além de composições autorais


No próximo sábado, dia 14, às 15h, o guitarrista e violonista Dino Rangel vai elevar a música instrumental na Arlequim, no Paço Imperial. Acompanhado por Mazinho Ventura (baixo) e Vitor Vieira (bateria), o guitarrista selecionou para o repertório obras-primas de Tom Jobim (“Radamés y Pelé”, “Falando de amor” e “Bate-boca”, dentre outras), releituras de Guinga (“Di menor”), Garoto (“Lamentos do Morro”) e Severino Araújo (“Chorinho pra você”), e, sem esquecer seu lado compositor, a autoral “Café”, dentre outras.



Após ser aluno dos guitarristas Sergio Benevenuto e Yan Guest, Dino Rangel residiu em Nova York, tocando em grupos brasileiros e tendo aulas com guitarristas de jazz, até 1991, quando retornou ao Brasil dando início a sua carreira profissional.


Em 1994, excursionou por vários países da Europa com o grupo Brasiliana. Participou de shows e gravações com Guinga, Léo Gandelman, Arthur Maia, Marcelo Salazar, Rogério Souza, Zé Canuto, Marcio Ciribelli, Fred Martins, Watusi, Vanessa Barum, Felicidade Susy, Bia Bedran, Beth Bruno, Baby do Brasil, Ithamara Koorax e Ednardo.


Em 1998 estreou seu primeiro disco solo pelo selo Niterói Discos, assinando a metade das dez faixas do CD ´Café´, além de composições do trompetista Luisão Ramos. Tom Jobim e Peter Pan ganharam inspiradas releituras de “Antígua” e “Se queres saber”, respectivamente. Acompanhado por músicos como Arthur Maia, Zé Canuto, Márcio Bahia, Marcos Nimrichter e Cláudio Infante, entre outros, Dino também foi o arranjador da maioria das faixas.


Dez anos depois, Dino Rangel apresenta seu segundo cd solo, com a participação dos músicos Márcio Bahia (bateria), Zé Canuto (sax, flauta e arranjos), Mazinho Ventura(baixo), Marcos Nimrichter (piano e acordeon), David Feldman (piano), Ney Conceição(baixo) e Beth Bruno(vocal). Com obras de autores como Guinga, Tom Jobim, Garoto, Dori Caymi, Victor Assis Brasil, o cd do guitarrista passeou pelo samba, choro, toada, baião e frevo.


Dentre este hiato entre os discos solos, participou, em 2001, do cd “Jazz from Brazil”, compilação do jornalista e produtor Arnaldo DeSouteiro, com a faixa “Antígua” (Tom Jobim), junto de Eumir Deodato, Cláudio Roditi e Ithamara Koorax. Lançado no Japão, Europa e EUA, o cd foi indicado ao GRAMMY como melhor álbum de Latin Jazz.


Hoje, o guitarrista divulga sua obra, seja em trio ou em quarteto, ministrando também oficinas de guitarra e participando de diversos festivais pelo Brasil e Europa.

14/04 – Música na Arlequim – Dino Rangel Trio - sábado , 15h
Endereço: Praça XV de Novembro, 48, Loja 1 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone.: (21) 2524-7242 (reserva)
Entrada: R$15,00 (couvert artístico)

Fábio Cezanne
Cezanne Assessoria de Imprensa

terça-feira, 3 de abril de 2012

Cambada Mineira faz show de lançamento do “Urbana Fanzine” nesta quarta, 04, na Arlequim


João Francisco, Amarildo e Rodrigo Santiago fazem uma homenagem mineira ao Rio de Janeiro

O encontro da cultura mineira com as expressões artísticas musicais cariocas. É o que pretendem os rapazes do Cambada Mineira, que, na próxima quarta, 04, às 18h, vão mostrar um pouco dessa “mineirice carioca”, na Arlequim, no Paço Imperial, em evento gratuito. O grupo, formado por João Francisco (voz e violão), Amarildo Silva (voz) e Rodrigo Santiago (voz e violão), vai apresentar músicas do novo CD, “Urbana Fanzine”, uma nova fase na carreira, homenageando a cidade que os acolheu e as urbanidades que esses mineiros apresentaram até agora.

Enquanto nos álbuns anteriores o grupo recorria a seu baú de composições guardadas e às releituras dos clássicos de Minas, em “Urbana Fanzine”, o destaque fica para a busca dessa integração do mineiro com o Rio de Janeiro, dando novos rumos à trajetória do grupo. Uma pitada mais romântica numa linguagem mais jovial. A modernidade aglutinada nestes 10 anos de carreira ganha corpo, mente e voz, registrada nas músicas inéditas do novo trabalho. O destaque fica composições autorais, como “Presente”, “Carta do Exílio”, “Delícias da cidade”, “Bicho do mato” e a faixa-título “Urbana Fanzine”.

O grupo lançou, em 1999, seu primeiro CD, "Cambada Mineira", com a participação especial de Túlio Mourão, trazendo no repertório composições autorais, além de releituras de Lô Borges, Márcio Borges, Milton Nascimento e Fernando Brant, dentre outros. Em 2000, lançou "Cambada mineira 2", cujo show de lançamento, na Lona Cultural João Bosco (RJ), contou com a participação do poeta e letrista Márcio Borges, que, na ocasião, lançou seu livro "Clube da Esquina". Dois anos depois, foi a vez de “Cambada Mineira ao vivo”, com Flávia Ventura (compositora e pianista) na formação. O disco, indicado ao Prêmio Caras na categoria Regional, contou com releituras de "Clube da esquina 1" e "Clube da esquina 2", ambas de Milton Nascimento, Lô Borges e Marcio Borges, e algumas autorais, como "Cambada" (João Francisco e Marcio Borges), "Um beijo bom" (João Francisco) e "Navegador". Em 2006, o grupo lançou "Meu recado", produzido por Luis Filipe de Lima, com a participação de Toninho Horta, Wagner Tiso, Zé Renato, Simone Guimarães, Victor Biglione, David Tygel, Gabriel Grossi, Eduardo Neves, Robertinho Silva e Jamil Joanes. No repertório, destaque para as regravações de "Caçador de mim" (Magrão e Luiz Carlos Sá) e "Cachorro urubu" (Raul Seixas).

04/04 – Música na Arlequim – Cambada Mineira - quarta , 18h
Endereço: Praça XV de Novembro, 48, Loja 1 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone.: (21) 2220-8471 (reserva)
Gratuito


Fábio Cezanne
Cezanne Assessoria

O choro festivo de Joel Nascimento

Bandolinista encanta a platéia neste último sábado na Arlequim


Neste último sábado, dia 31, o projeto “Música na Arlequim” teve a honra de receber a ilustre presença de Joel Nascimento. O prestigiado bandolinista, acompanhado por Magno Júlio (percussão), Bernardo Diniz (cavaquinho) e João Camarero (violão 7 cordas), levou ao palco da livraria no Paço Imperial clássicos do choro, como “Lamento”, “Noites Cariocas”, “Odeon” e “Chega de saudades”, numa tarde dedicada a Radamés Gnattali, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Tom Jobim, dentre outros.


Exibindo simpatia com o microfone, contou histórias e curiosidades que deram um tom mais intimista à apresentação. Gritos de "bravo!" encerraram muitas das execuções do bandolinista, deixando a certeza de que aquele gênio do bandolim encantava não apenas pela destreza no instrumento, mas também pela sinceridade e pureza do encontro de sua arte com a platéia. Salve Joel! 

Fábio Cezanne
Cezanne Assessoria