O violonista carioca e o bandolinista e cavaquinista argentino revisitaram clássicos do mestre do choro neste último sábado
Bárbara Piperno (flauta), Sebastián Luna (bandolim), Rogério Souza (violão) e Maximiliano Natale (percussão) numa homenagem a Jacob do Bandolim
No último fim de semana de fevereiro, há quem tenha questionado se o chorinho é realmente brasileiro, após a apresentação do carioca Rogério Souza (violão) e do argentino Sebastián Luna (cavaquinho e bandolim), no sábado, dia 25. Isso porque o palco, ocupado também pelas canjas mais do que bem-vindas dos italianos Maximiliano Natale (percussionista) e Bárbara Piperno (flauta), se configurou como um grande balaio cultural, reunindo diferentes nacionalidades. Rogério Souza - único brasileiro! – conduziu impecavelmente o violão, dando margem a execuções, bastante aplaudidas, dos gringos no palco.
A tarde foi de casa cheia ao sabor de clássicos do mestre do choro
A homenagem a Jacob do Bandolim contou com clássicos como “Aguenta seu Fulgêncio”, “A ginga do Mané” , “Noites Cariocas” , “Receita de Samba”, “Doce de Coco”, entre outros. O argentino Sebastián Luna, grande convidado de Rogério Souza nesta tarde agradabilíssima na Arlequim, conquistou a platéia com a precisão nos improvisos e nas escalas. A flautista Bárbara Piperno, que em palco admitiu ter conhecido o choro há apenas sete meses, demonstrou a segurança na interpretação dos clássicos e, claro, o resultado desses meses todos de estudo e dedicação ao gênero carioca. O que se viu foi o encontro espontâneo, divertido e autêntico de amigos que, independente das nacionalidades, celebraram o mestre Jacob, dando jovialidade e renovação ao espírito chorão. A platéia exigiu várias “saideiras”, e o grupo atendeu, garantindo a alegria daqueles que, após o agitado recesso carnavalesco, estavam em busca de ambiente e sonoridades mais intimistas.
Fábio Cezanne
Assessoria de Imprensa