segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Hamilton de Holanda na Arlequim

O bandolim tem um papel importante na história da música brasileira. Luperce Miranda e Jacob do Bandolim se destacaram na era de ouro do choro e fizeram escola com o instrumento. Eles influenciaram e formaram gerações de músicos como Déo Rian, Joel Nascimento, Ronaldo do Bandolim, Pedro Amorim e Rodrigo Lessa. Atualmente, o bandolinista que mais se destaca no cenário da nossa música é, sem dúvida, Hamilton de Holanda.

O contato de Hamilton de Holanda com o choro foi nas rodas de Brasília, no conceituado Clube do Choro. Foi na Capital Federal que o bandolinista construiu sua formação musical, tendo como fonte clássicos de Jacob, Pixinguinha e de outros antigos chorões. Ele foi em busca de um caminho próprio, original, sem perder de vista essa fonte. Percebe-se que a música que Hamilton constrói é moderna, do nosso tempo, inovadora, e que mantém as antigas referências. Tendo a ideia de acrescentar mais um par de cordas ao bandolim, o músico foi em busca de novas sonoridades para o choro e outros estilos musicais. Uma frase sempre contida nas contra-capas dos seus CDs evidencia muito bem sua busca na música: “Moderno é tradição”.
Ao longo da sua carreira, Hamilton apresentou toda sua versatilidade com seu bandolim 10 cordas. Participou de vários projetos e formou diversas parcerias com grupos e duetos. Fez parcerias com Marco Pereira, Gabriel Grossi, o bandolinista americano Mike Marshall, o mestre Joel Nascimento, o grupo venezuelano Gurrufío e André Mehmari, com quem acaba de lançar um novo trabalho, o CD GismontiPascoal.
No dia 22 de janeiro, Hamilton de Holanda lançou na Arlequim um de seus trabalhos mais recentes, o CD solo Esperança. Com um grande público presente, Hamilton apresentou composições suas, como “Negro Samba” e “Esperança”, tocou um dos clássicos de Pixinguinha, o choro “Vou Vivendo”, e fez a sua versão para o “Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes.

Marcio Pinheiro


Assista alguns trechos da apresentação:



Um comentário:

  1. Nada como ouvir um bom músico em um excelente ambiente, para se apreciar um instrumento.

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