O bandolim tem um papel importante na história da música brasileira. Luperce Miranda e Jacob do Bandolim se destacaram na era de ouro do choro e fizeram escola com o instrumento. Eles influenciaram e formaram gerações de músicos como Déo Rian, Joel Nascimento, Ronaldo do Bandolim, Pedro Amorim e Rodrigo Lessa. Atualmente, o bandolinista que mais se destaca no cenário da nossa música é, sem dúvida, Hamilton de Holanda.
O contato de Hamilton de Holanda com o choro foi nas rodas de Brasília, no conceituado Clube do Choro. Foi na Capital Federal que o bandolinista construiu sua formação musical, tendo como fonte clássicos de Jacob, Pixinguinha e de outros antigos chorões. Ele foi em busca de um caminho próprio, original, sem perder de vista essa fonte. Percebe-se que a música que Hamilton constrói é moderna, do nosso tempo, inovadora, e que mantém as antigas referências. Tendo a ideia de acrescentar mais um par de cordas ao bandolim, o músico foi em busca de novas sonoridades para o choro e outros estilos musicais. Uma frase sempre contida nas contra-capas dos seus CDs evidencia muito bem sua busca na música: “Moderno é tradição”.
Ao longo da sua carreira, Hamilton apresentou toda sua versatilidade com seu bandolim 10 cordas. Participou de vários projetos e formou diversas parcerias com grupos e duetos. Fez parcerias com Marco Pereira, Gabriel Grossi, o bandolinista americano Mike Marshall, o mestre Joel Nascimento, o grupo venezuelano Gurrufío e André Mehmari, com quem acaba de lançar um novo trabalho, o CD GismontiPascoal.
No dia 22 de janeiro, Hamilton de Holanda lançou na Arlequim um de seus trabalhos mais recentes, o CD solo Esperança. Com um grande público presente, Hamilton apresentou composições suas, como “Negro Samba” e “Esperança”, tocou um dos clássicos de Pixinguinha, o choro “Vou Vivendo”, e fez a sua versão para o “Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes.
Marcio Pinheiro
Assista alguns trechos da apresentação:
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Choro na Arlequim – 6ª Edição
No dia 15 de janeiro a Arlequim retomou as apresentações musicais de sábado com Choro de primeira qualidade. O violonista Rogério Souza, presença marcante nos choros da Arlequim, convidou seu conterrâneo de Niterói, o cavaquinista Márcio Hulk, para fazer um tributo ao lendário Waldir Azevedo. No repertório, a dupla intercalou clássicos do homenageado, como “Delicado” e “Você, Carinho e Amor”, com choros do seu “rival” Jacob do Bandolim e de Pixinguinha. Márcio Hulk e Rogério Souza tocaram com muita emoção “Minhas Mãos, Meu Cavaquinho”, conhecida pelos trechos da “Ave Maria” de Gonoud, composta depois que Waldir se recuperou de um acidente na mão esquerda, em meados de 1970. A dupla encerrou com o clássico “Brasileirinho”, uma das referências principais do choro.
Marcio Pinheiro
Marcio Pinheiro
Assinar:
Postagens (Atom)