No dia 18 de dezembro, a Arlequim encerrou em grande estilo a série de apresentações musicais deste ano, com Rogério Souza (violão de 7 cordas) e Rodrigo Lessa (bandolim), integrantes do grupo Nó Em Pingo D’água. A dupla apresentou versões de grandes clássicos, com arranjos bem elaborados e muito improviso, como em “Notícia” (Nelson Cavaquinho) e “Samba e Amor” (Chico Buarque). Os músicos finalizaram com “Tico-tico no fubá” de Zequinha de Abreu, fazendo uma fusão entre o tango e o choro.
Marcio Pinheiro
Assista o trecho de “Notícia”:
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Domingo Virado – Paulo Bellinati e Weber Lopes na Arlequim
No domingo do dia 14 de novembro a Arlequim teve o prazer de apresentar o encontro dos violonistas Paulo Bellinati e Weber Lopes. De passagem pelo Rio, a dupla apresentou para o público da Arlequim o repertório do CD “Virado”, um trabalho de composições próprias e parcerias inéditas. Com seu violão de seresta “borboleta”, de fabricação de 1935, Bellinati dialogou em perfeita sintonia e cumplicidade com o violonista mineiro das Guanhães, como nos temas “Violão Virado”, a primeira parceria, “A Rede e o Mar” (Lopes), “Bom Partido” (Bellinati) e “Reinado” (Lopes).
Marcio George F. Pinheiro
Marcio George F. Pinheiro
Assista o trecho da música "Violão Virado":
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Tango e Folclore Argentino na Arlequim
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Charango no Choro
No dia 16 de outubro a Arlequim apresentou o encontro do violonista Rogério Souza com o charanguista argentino Diego Jascalevich. O charango, instrumento andino de dez cordas, muito popular em diversas regiões da América do Sul, é praticamente desconhecido no Brasil e nada comum no universo do choro. No entanto, Jascalevich soube tocar com muita propriedade e criatividade o charango na linguagem do choro, fazendo belas versões para temas compostos por Jacob do Bandolim. A roda de charango contou ainda com a participação do bandolinista Tiago Souza, integrante do jovem grupo Regional Carioca.
Marcio George F. Pinheiro
Marcio George F. Pinheiro
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Choro na Arlequim – 3ª Edição
No dia 25 de setembro a Arlequim recebeu com grande satisfação os irmãos chorões de Niterói, Ronaldo do Bandolim e Rogério Souza. Ronaldo e Rogério, ao longo das décadas dedicadas ao choro, realizaram trabalhos paralelos, mas também fizeram parcerias que resultaram em dois ótimos CDs: “Retrato Brasileiro”, uma leitura chorística das músicas de Baden Powell, e “Época de Choro”, um trabalho dedicado ao chorão Carlinhos Leite, integrante do Época de Ouro falecido recentemente. Ronaldo do Bandolim já integrou o Época de Ouro, ao lado de Dino Sete Cordas e Cesar Faria, e hoje se mantém no Trio Madeira Brasil, com Marcelo Gonçalves e Zé Paulo Becker. Rogério Souza, por sua vez, faz parte do Nó Em Pingo D’água, grupo de choro que existe há mais de 20 anos.
A apresentação do dia 25 contou ainda com a canja da flautista vienense Sarah. No repertório, os irmãos fizeram excelentes interpretações para bandolim e violão de sete cordas de clássicos como “Despertar da Montanha” (E. Souto), “Sarau pra Radamés” (Paulinho da Viola) e “Paulista” (João dos Santos). Os músicos encerraram o sarau com uma grande interpretação da valsa “Lábios que Beijei” (J. Cascata e L. Azevedo).
Marcio Pinheiro
A apresentação do dia 25 contou ainda com a canja da flautista vienense Sarah. No repertório, os irmãos fizeram excelentes interpretações para bandolim e violão de sete cordas de clássicos como “Despertar da Montanha” (E. Souto), “Sarau pra Radamés” (Paulinho da Viola) e “Paulista” (João dos Santos). Os músicos encerraram o sarau com uma grande interpretação da valsa “Lábios que Beijei” (J. Cascata e L. Azevedo).
Marcio Pinheiro
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Jazz na Arlequim – 2ª Edição
Dando prosseguimento ao Jazz ao vivo, a Arlequim abriu o seu espaço no dia 18 de setembro para fazer um tributo ao lendário pianista Bill Evans. A homenagem ficou a cargo do trio formado por Dario Galante (piano), Roberto Rutigliano (bateria) e Augusto Mattoso (contrabaixo).
Veja alguns detalhes da apresentação:
Veja alguns detalhes da apresentação:
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Jazz na Arlequim
A Arlequim tem como um de seus principais pilares a seção de CDs de Jazz, que abarca, no seu sentido mais amplo, desde o Dixieland da década de 1920 ao Jazz Fusion dos anos 80. A loja ao longo dos seus quase 20 anos, promoveu inúmeras apresentações de jazz no seu espaço, recebendo músicos da importância de Ron Carter.
No dia 11 de setembro, a loja voltou a promover o Jazz ao vivo e convocou um músico ligado às históricas apresentações de Jazz na Arlequim, o pianista norte-americano Jeff Gardner. Jeff contou com a participação do baixista argentino Adrian Barbet.
Marcio George F. Pinheiro
Veja alguns trechos da apresentação:
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Choro na Arlequim - Segunda Edição
A Arlequim recebeu no dia 21 de agosto o duo formado por Rogério Souza (violão 7 cordas) e Kiko Horta (acordeón) para a segunda apresentação da série Choro na Arlequim.
Veja alguns detalhes:
Veja alguns detalhes:
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Instrumentango Duo – Segunda Apresentação
No dia 31 de julho a Arlequim recebeu o Instrumentango Duo, formado pelo bandoneonista portenho Martín Lima e pelo pianista gaúcho Josué Jeffer. Foi a segunda apresentação do duo para a série “O Arlequim Porteño”.
Veja alguns detalhes:
Veja alguns detalhes:
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Choro na Arlequim
A Arlequim recebeu no dia 17 de julho os músicos Rogério Souza (violão 7 cordas) e Mário Sève (flauta e sax soprano), integrantes do grupo Nó em Pingo D'Água, para a primeira de uma série de apresentações voltadas para o choro.
Veja alguns trechos da apresentação:
Veja alguns trechos da apresentação:
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Instrumentango Duo
No dia 5 de junho a Arlequim recebeu o Instrumentango Duo, com Martín Lima (bandonéon) e Josué Jeffer (piano), para mais um evento da série "Arlequim Porteño".
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Tango de Ru@
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Drummond e Clarice
Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector são sem dúvida alguma dois dos nossos mais complexos escritores. A obra de ambos apresenta diferenciadas nuances e não cabem em apenas uma definição. Os dois fugiram, na grande maioria das vezes em que escreveram, da órbita comum seja da literatura, seja do pensamento sobre o cotidiano. O que escreviam não era “arroz de festa”, como se supõe hoje, pelas inúmeras citações que encontramos de um e de outro nos mais diversos meios de comunicação.
O poeta corre o risco de ser conhecido e reconhecido pelos óculos que lhe roubam cotidianamente no banco em que está sentado frente ao mar; a romancista pela intérprete sutil da alma feminina. A mídia, pressupondo que está ajudando a divulgar a obra dos escritores, acaba por achincalhar e diminuir os sentidos ocultos e dignos de apreciação que possuem.
Se Drummond, com sua ironia, pressupõe um mundo que não vale a pena, não menos Clarice viu a alma humana como um desastre profundo e a sociedade que esta alma moldou como incapaz de ultrapassar o senso de ridículo em que toda comunicação se baseia. São seres estranhos ao mundo cotidiano, não obstante nele influíssem e revelassem a alguns o desastre obscuro da linguagem.
Torná-los cotidianos, na verdade, é perder o que de rico possuem, é torná-los semelhantes aos diversos escritores menores que vicejam pelo mundo das letras nacionais e estrangeiras; é, em suma, impedir que o leitor mergulhe na obra que criaram e ali desfrutem das surpresas, das torções que o cotidiano e sua linguagem sofrem e que por isso constituem beleza.
Ler Drummond e Clarice a partir da mídia é como não lê-los. O risco da exposição e da “vendagem” é necessariamente o risco da mediocridade, até porque as razões que levam a mídia a privilegiar este ou aquele texto são menos a de proporcionar conhecimento do mundo, do homem, da linguagem do que tornar esse conhecimento como já dado, já sabido e, portanto, desinteressante.
Como exemplo do que se diz, tome-se um dos poemas mais conhecidos de Drummond, o famigerado No meio do caminho. Caso – como o faz a leitura apressada do poeta – tente-se verificar na pedra um significado metafórico, o poema não sai do lugar ou se esgota no lugar comum dos obstáculos, mas a argúcia da linguagem faz com que se medite um pouco mais. O meio do caminho está presente em dois poemas outros da tradição literária. O canto 1 do inferno de Dante, logo no primeiro verso apresenta, o seguinte:
Nel mezzo del cammin de nostra vita
Mi ritrovai per una selva oscura
Ché la diritta via era smarrita.
Tais versos permitiram a Olavo Bilac, o seguinte soneto:
Nel mezzo del camim
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Parece-me que Drummond bebeu nas duas fontes e as modificou. É justamente nessa capacidade de emprestar novidade à tradição – e rir dela – que a poesia de Drummond se instala na percepção do leitor. Parece-me que a chave da leitura de Dante está justamente no transtorno da via reta agora perdida pela descida ao inferno – inferno dos poetas que de resto é o inferno da linguagem.
Se Bilac atualiza, para um romantismo mal disfarçado, a busca da amada – objeto da poesia de Dante, Drummond percebe que o caminho tomado pelo poeta brasileiro não é mais válido e, com maestria, propõe, para a descida do poeta florentino, o elemento cotidiano que é a pedra – símbolo da eternidade – e a belíssima repetição não canônica e provocativa do verbo ter. Assim e a um tempo, retoma as repetições do Bilac, dando a ela uma outra face. Retira de seu poema as amadas e o diálogo de um eu para um tu e faz com que a metáfora de Dante seja substituída pela pedra metonímia. A selva oscura reaparece nas retinas fatigadas, sem que sobre ela recaia a via perdida e trágica do Poeta.
Conforme se afirmava acima, a utilização metafórica, reafirmada pela mídia, corrobora para que o movimento de releitura observado em Drummond se desfaça e em seu lugar reapareça um conceito de poesia que é não só anacrônico como propositor de uma tradição mal-pensante que toma o fazer poético por qualquer coisa distanciada da reflexão sobre a linguagem e sobre o homem.
Tão trágica quanto a de Drummond é a situação de Clarice.
Oswaldo Martins
O poeta corre o risco de ser conhecido e reconhecido pelos óculos que lhe roubam cotidianamente no banco em que está sentado frente ao mar; a romancista pela intérprete sutil da alma feminina. A mídia, pressupondo que está ajudando a divulgar a obra dos escritores, acaba por achincalhar e diminuir os sentidos ocultos e dignos de apreciação que possuem.
Se Drummond, com sua ironia, pressupõe um mundo que não vale a pena, não menos Clarice viu a alma humana como um desastre profundo e a sociedade que esta alma moldou como incapaz de ultrapassar o senso de ridículo em que toda comunicação se baseia. São seres estranhos ao mundo cotidiano, não obstante nele influíssem e revelassem a alguns o desastre obscuro da linguagem.
Torná-los cotidianos, na verdade, é perder o que de rico possuem, é torná-los semelhantes aos diversos escritores menores que vicejam pelo mundo das letras nacionais e estrangeiras; é, em suma, impedir que o leitor mergulhe na obra que criaram e ali desfrutem das surpresas, das torções que o cotidiano e sua linguagem sofrem e que por isso constituem beleza.
Ler Drummond e Clarice a partir da mídia é como não lê-los. O risco da exposição e da “vendagem” é necessariamente o risco da mediocridade, até porque as razões que levam a mídia a privilegiar este ou aquele texto são menos a de proporcionar conhecimento do mundo, do homem, da linguagem do que tornar esse conhecimento como já dado, já sabido e, portanto, desinteressante.
Como exemplo do que se diz, tome-se um dos poemas mais conhecidos de Drummond, o famigerado No meio do caminho. Caso – como o faz a leitura apressada do poeta – tente-se verificar na pedra um significado metafórico, o poema não sai do lugar ou se esgota no lugar comum dos obstáculos, mas a argúcia da linguagem faz com que se medite um pouco mais. O meio do caminho está presente em dois poemas outros da tradição literária. O canto 1 do inferno de Dante, logo no primeiro verso apresenta, o seguinte:
Nel mezzo del cammin de nostra vita
Mi ritrovai per una selva oscura
Ché la diritta via era smarrita.
Tais versos permitiram a Olavo Bilac, o seguinte soneto:
Nel mezzo del camim
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Parece-me que Drummond bebeu nas duas fontes e as modificou. É justamente nessa capacidade de emprestar novidade à tradição – e rir dela – que a poesia de Drummond se instala na percepção do leitor. Parece-me que a chave da leitura de Dante está justamente no transtorno da via reta agora perdida pela descida ao inferno – inferno dos poetas que de resto é o inferno da linguagem.
Se Bilac atualiza, para um romantismo mal disfarçado, a busca da amada – objeto da poesia de Dante, Drummond percebe que o caminho tomado pelo poeta brasileiro não é mais válido e, com maestria, propõe, para a descida do poeta florentino, o elemento cotidiano que é a pedra – símbolo da eternidade – e a belíssima repetição não canônica e provocativa do verbo ter. Assim e a um tempo, retoma as repetições do Bilac, dando a ela uma outra face. Retira de seu poema as amadas e o diálogo de um eu para um tu e faz com que a metáfora de Dante seja substituída pela pedra metonímia. A selva oscura reaparece nas retinas fatigadas, sem que sobre ela recaia a via perdida e trágica do Poeta.
Conforme se afirmava acima, a utilização metafórica, reafirmada pela mídia, corrobora para que o movimento de releitura observado em Drummond se desfaça e em seu lugar reapareça um conceito de poesia que é não só anacrônico como propositor de uma tradição mal-pensante que toma o fazer poético por qualquer coisa distanciada da reflexão sobre a linguagem e sobre o homem.
Tão trágica quanto a de Drummond é a situação de Clarice.
Oswaldo Martins
quinta-feira, 4 de março de 2010
O Arlequim Porteño apresenta grupo El Metodo
A Arlequim convida para mais um evento da programação O Arlequim Porteño, o show do grupo argentino El Metodo, neste sábado dia 06 de março às 16h. Começaremos a programação às 14h com repertório típico de orquestras de baile de tango.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Programação: Brunch e música no domingo
O piano, a bateria e o contrabaixo fazendo bolero, tango ou música brasileira com jeito de jazz e até música de câmara.
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